Aniversário da morte de Fernando Pessoa

No dia 30 de novembro de 1935, por volta das 20h, morreu Fernando António Nogueira Pessoa, no Hospital de S. Luís do Franceses, em Lisboa, onde tinha sido internado no dia anterior devido a fortes dores abdominais. As suas últimas palavras, em inglês, foram escritas a lápis: «I know not what tomorrow will bring» (Eu não sei o que o amanhã trará).

FERNANDO PESSOA

Nascido em Lisboa a 13 de junho de 1888, Fernando Pessoa foi um importante escritor português. Contudo, as suas obras só começam a receber um maior reconhecimento após a sua morte, em 30 de novembro de 1935, sobretudo devido ao facto de o autor ter publicado somente uma pequena parte das suas obras em vida.

A sua educação foi determinada pelo segundo casamento da mãe, em 1895, com o cônsul de Portugal na África do Sul, João Miguel Rosa, o que obrigou a que a família se deslocasse para Durban, onde Pessoa viveu e estudou até aos 17 anos, idade com que regressou a Lisboa, onde terá passado a maior parte da sua vida, desempenhando a profissão de correspondente  estrangeiro em casas comerciais.

Pessoa destacou-se dos outros escritores pelas mais diversas razões. Pela habilidade demonstrada nas suas descrições da inquietação e da natureza desassossegada do ser humano, sendo a sua obra «Livro do Desassossego» a mais conhecida internacionalmente. Pelo seu génio efervescente, que desafiou os limites da imaginação humana. Pelo valiosíssimo legado que nos deixou e que continua a ter impacto, nos dias de hoje, na nossa forma de sentir e ver o mundo.

A vida e obra de Pessoa foram profundamente marcadas pela sua inconstância e pelo seu espírito fragmentado, o que se terá traduzido não só nas inúmeras personalidades que criou, mas também nas diferentes posições e atitudes políticas, muitas vezes contraditórias, que tomou ao longo da sua vida.

Sentado no café A Brasileira, que costumava frequentar, Pessoa viajou pelo mundo. No meio da confusão da cidade lisboeta, soube apreciar a quietude e a paz do campo. E, apesar da sua personalidade tímida e tendencialmente discreta, a verdade é que a sua visão marcou profundamente a literatura portuguesa, e a sua voz, outrora rouca e pigarreada, chega até nós mais impetuosa que nunca, ecoando nas nossas mentes e nos nossos corações.

Texto de Sofia Furtado, n.º 26, 12.º LH1

 

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